Evaporação e Evapotranspiração
Evaporação e Evapotranspiração
Em Meteorologia o termo evaporação é usado para designar a transferência de água para a atmosfera sobre a forma de vapor , decorrente, tanto da evaporação que se verifica em solo úmido sem vegetação, nos oceanos, lagos, rios e em outras superfície hídricas naturais. O termo evapotranspiração é empregado para exprimir a transferência de vapor d’água para a atmosfera proveniente dos vegetais e dos amimais.
A evaporação e a evapotranspiração são indicadas nas mesmas unidades da precipitação, utilizando-se a altura da lâmina d’água, expressa em milímetros. Um milímetro de evaporação, ou de evapotranspiração, equivale à transferência para a atmosfera de um litro de água para cada metro quadrado da projeção da superfície evaporante.
A Importância
Em um planeta em que a água potável está se tornando cada vez mais escassa e (consequentemente) cara, o estudo das perdas hídricas assume importância crescente. Para o solo vegetado e para os reservatórios de água doce, a evapotranspiração e a evaporação representam, respectivamente, uma demanda considerável de água, justiçando todos os esforços para quantificá-la e tentar minimizá-la. As perdas por evaporação ou evapotranspiração, exatamente por subtraírem uma substancial fração dos recursos hídricos disponíveis, não podem ser negligenciadas a nível de planejamento e tampouco de execução, em inúmeras atividades humanas. Neste contexto enquadra-se o abastecimento de água para as populações, a agricultura e a indústria.
Em regiões áridas e semi-áridas, onde a disponibilidade hídrica é fator limitante da produção agrícola e, em situações menos favoráveis, chega mesmo a por em risco a sobrevivência de populações inteiras, o conhecimento da distribuição espacial e temporal da transferência de vapor d’água para a atmosfera facilita bastante o estabelecimento de políticas visando ao uso racional da água. Estudos dessa natureza possibilitam a aquisição de conhecimento que proporcionem melhor controle do aproveitamento de grandes reservatórios, racionalizando a demanda de água para fins industriais, domésticos e agrícolas. Também torna possível quantificar melhor as laminas de água usadas na irrigação e os turnos de rega, minimizando os desperdícios e mantendo o solo em uma faixa de umidade adequada às plantas.
Texto extraído de: VAREJÃO-SILVA, M. A. Meteorologia e Climatologia. Brasília: INMET, Gráfica e Editora Pax, 2001. 532 p.