MONITOR DE SECAS DO MÊS DE ABRIL DE 2021


Por em 21 de maio de 2021



Síntese do Traçado do Monitor de Secas do Mês de Abril de 2021

Este documento descreve, resumidamente, as maiores variações apresentadas no Mapa do Monitor de Secas do mês de abril de 2021 (Figura 1b) em comparação ao mês anterior (Figura 1a). Os destaques são feitos por Região e por Unidade da Federação, acompanhando-se o surgimento, desaparecimento, evolução ou involução do fenômeno da seca em cada uma dessas áreas.

Figura 1 - Monitor de Secas: (a) março/2021; (b) abril/2021.

Figura 1 – Monitor de Secas: (a) março/2021; (b) abril/2021.

 

Na Região Nordeste, devido às chuvas acima da média no mês de abril, observou-se melhora na condição de seca na maior parte dos estados, marcada principalmente pelo recuo das áreas com seca moderada (S1) e/ou fraca (S0), com destaque para Alagoas, Paraíba e Pernambuco que tiveram redução da área com a presença do fenômeno. Em contrapartida, houve avanço da seca moderada (S1) no Ceará e surgimento de seca fraca (S0) no norte maranhense.

Na Região Sudeste, o maior destaque foi o avanço das secas grave (S2) e extrema (S3) no oeste, centro e norte de São Paulo, em função da persistência de chuvas abaixo da média.

Na Região Sul, em decorrência das chuvas abaixo da média, ocorreu o agravamento da seca nos três estados, marcada especialmente pelo aumento das áreas com seca grave (S2). Além disso, em Santa Catarina, a seca intensificou no extremo oeste, passando de grave (S2) para extrema (S3).

Nas demais áreas cobertas pelo Monitor, destaca-se o avanço da seca grave (S2) em Goiás, devido às anomalias negativas de precipitação. Por outro lado, houve abrandamento da seca na divisa de Tocantins com a Bahia, passando de moderada (S1) para fraca (S0), devido às chuvas acima da média nos últimos meses.

Em Alagoas, houve recuo da seca fraca (S0) no leste do estado, em decorrência dos desvios positivos de precipitação no mês de abril. Os impactos são predominantemente de curto prazo (C).

Na Bahia, observou-se o recuo da seca moderada (S1) no oeste e noroeste, em decorrência de chuvas acima da média nos últimos meses. Já no sul do estado, a seca moderada (S1) avançou devido à piora nos indicadores. Os impactos da seca são de curto e longo prazo (CL) no centro-oeste do estado e de curto prazo (C) nas demais áreas.

No Ceará, houve avanço da seca moderada (S1) em direção ao litoral norte, devido à piora nos indicadores de seca. Já no leste, divisa com Rio Grande do Norte, houve recuo da seca moderada (S1), devido às chuvas acima da média nesta região. Permanecem os impactos de curto e longo prazo (CL) na porção central do estado e de curto prazo (C) nas demais áreas.

No Distrito Federal, apesar da ocorrência de chuvas abaixo da média no mês de abril, os indicadores de seca não mostraram mudança na condição.

No Espírito Santo, embora as precipitações tenham ficado abaixo da média no mês de abril, todo o estado ficou sem seca relativa.

Em Goiás, ocorreu um pequeno aumento da área com  seca fraca (S0) e com seca grave (S2), em função da piora nos indicadores. Os impactos permanecem de curto prazo (C) no leste, de longo prazo (L) no noroeste e de curto e longo prazo (CL) nas demais áreas.

No Maranhão, houve o surgimento de uma área com seca fraca (S0) no norte do estado, bem como o avanço da seca moderada (S1) no sudoeste, devido às chuvas abaixo da média nos últimos meses. Os impactos permanecem de curto e longo prazo (CL) no centro e sul, e de curto prazo (C) no restante do estado.

Em Minas Gerais, ocorreu leve aumento na área com seca grave (S2) no oeste e no sul, devido à ocorrência de precipitação abaixo da média nos últimos meses. Os impactos são de curto prazo (C) no noroeste, nordeste e sudeste, e de curto e longo prazo (CL) nas demais áreas.

Em Mato Grosso do Sul, ocorreram pequenas alterações, caracterizadas pelo aumento da área com seca grave (S2) no leste  e da seca moderada (S1) no sudeste, em função da piora nos indicadores. Os impactos permanecem de longo prazo (L) no sudeste e de curto e longo prazo (CL) nas demais áreas do estado.

Na Paraíba, em decorrência das anomalias positivas de precipitação nos últimos meses, houve recuo da seca moderada (S1) no litoral sul e no noroeste do estado, além do recuo da seca fraca (S0) no sudoeste. Por outro lado, devido à piora nos indicadores, a seca intensificou na parte centro-norte, passando de moderada (S1) para grave (S2). Os impactos permanecem de curto e longo prazo (CL) na porção central, e de curto prazo (C) no restante do estado.

No Paraná, ocorreu aumento da área com seca grave (S2) no norte, sul e sudoeste e o avanço da seca moderada (S1) no noroeste do estado, em função das anomalias negativas de precipitação e piora nos indicadores. Os impactos permanecem de curto e longo prazo (CL) em uma porção ao norte, sudoeste e sul, e de longo prazo (L) no restante do estado.

Em Pernambuco, ocorreu diminuição da área com seca moderada (S1) e fraca (S0) no leste do estado, devido às anomalias positivas de precipitação observadas em abril. Os impactos são de curto e longo prazo (CL) no sudoeste e nordeste do estado, e de curto prazo (C) nas demais áreas.

No Piauí, houve recuo da seca moderada (S1) no sul do estado, devido às anomalias positivas de precipitação nos últimos meses. Os impactos continuam de curto e longo prazo (CL) no centro-sul, e de curto prazo (C) nas demais áreas.

No Rio de Janeiro, apesar da ocorrência de chuvas abaixo da média no mês de abril em algumas áreas, os indicadores de seca não mostraram mudança na condição.

No Rio Grande do Norte, houve recuo da seca moderada (S1) no sudoeste do estado em virtude das anomalias positivas de precipitação no último trimestre. Por outro lado, as anomalias negativas de precipitação na região do Seridó favoreceram o avanço da seca grave (S2). Os impactos permanecem de curto e longo prazo (CL) em parte do Seridó e Borborema, e de curto prazo (C) nas demais áreas.

No Rio Grande do Sul, devido às anomalias negativas de precipitação nos últimos meses, houve expansão das áreas com seca grave (S2) em grande parte do estado e acentuação da seca no nordeste e sul, passando de fraca (S0) para moderada (S1). Os impactos são de longo prazo (L) no nordeste e de curto e longo prazo (CL) nas demais áreas.

Em Santa Catarina, devido às chuvas abaixo da média nos últimos meses, houve avanço da seca grave (S2) na região central e da seca moderada (S1) no sul, além da intensificação da seca no extremo oeste, que passou de grave (S2) para extrema (S3). Os impactos são de longo prazo (L) no leste, e de curto e longo prazo (CL) nas demais áreas.

Em São Paulo, houve avanço das secas grave (S2) e extrema (S3) no oeste, centro e norte. No Vale do Paraíba, ocorreu o avanço da seca fraca (S0). As alterações no cenário ocorreram devido às anomalias negativas de precipitação nos últimos meses e piora nos indicadores. Os impactos são de longo prazo (L) no sudoeste e sudeste, de curto prazo (C) no extremo nordeste e de curto e longo prazo (CL) no restante do estado.

Em Sergipe, devido a ocorrência de chuvas acima da média no sul do estado, houve recuo da seca moderada (S1) nesta área. Os impactos permanecem de curto e longo prazo (CL) no centro-oeste, e de curto prazo (C) nas demais áreas do estado.

No Tocantins, ocorreu recuo da seca moderada (S1) no leste, devido às chuvas acima da média nos últimos meses. Por outro lado, no nordeste do estado a seca moderada (S1) avançou, em decorrência de chuvas abaixo da normalidade. No sul e sudeste tocantinense, a condição de seca permanece grave (S2) apesar das anomalias positivas de precipitação no mês de abril. Os impactos são de longo prazo (L) no extremo sudoeste, e de curto e longo prazo (CL) nas demais áreas.

Para o traçado do mapa R2 do Monitor de Secas de abril de 2021, foram utilizadas as considerações feitas na videoconferência realizada no dia 12/05/2021 por representantes da ANA e das instituições autoras: INEMA-BA, APAC-PE, FUNCEME-CE, IGAM-MG e INCAPER-ES. Na etapa de validação do mapa, diversas instituições estaduais parceiras contribuíram com dados complementares de suas redes de monitoramento e/ou informações de campo repassadas pelos observadores de impactos locais. Os trabalhos foram coordenados pela equipe da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, Instituição Central do Programa Monitor de Secas.



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